11.9.08

Muito custou voltar o brilho no olhar da menina. Depois que ele fora embora o mundo deixara de ser o mesmo e a lua, as estrelas, a vida deixou de fazer efeito. As músicas já não significavam mais nada e o amor deixara de existir.
Mas um dia ele voltou. Com a força em dobro. Tirando o ar da menina que já havia esquecido aquela história há tanto e já havia se tornado mulher.
O sorriso bobo brotou de novo no rosto, agora estrelado. Viu-se mais vaidosa do que o normal e aquele olhar vazio, sem vida, triste havia finalmente ido embora.
Ao sair na rua começou a ouvir os pássaros, antes calados, cantando novamente. E as flores continham novas cores que a encantavam.
Naquele dia, em que ela re-descobrira a razão de viver, caiu uma leve, porém intensa, chuva de verão. Lavando a alma, a menina viu, depois de tanto tempo que passara desde que ele se fora, o arco-íris que ambos haviam pintado em uma certa tarde, perdidos um no colorido dos olhos, na sinceridade dos sorrisos, na pureza do sentimentos do outro.
A então mulher, voltou a ser menina, sentou na areia da praia e começou a cantarolar aquela música, e ela sabia, de alguma forma, que ele podia ouvi-la apesar da distância e do tempo.
Ela sabia, de alguma forma, que aquele amor não havia terminado, aliás, mal havia começado.

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