Antes, não sabia o verdadeiro valor e o poder das palavras. E não foi pelas palavras bonitas, beijos e sorrisos escondidos que descobri.
Feri alguém pelo simples fato de querer falar a verdade, mas a verdade, nem sempre é agradável.
Pedimos desculpas um ao outro, mas não foi de coração.
Não! Não foi! Fizemos isso por obrigação, para não atrapalhar mais a vida daquela que queria nos ajudar.
Sei que você não me perdoou, como também estou em dúvida se te perdoei.
Quando você me olhou com aqueles olhos vermelhos, cheios d'água... o que eu tinha feito?
Como eu pude? Logo eu, que sempre questionava a irracionalidade dos outros por brigarem. Logo eu, que ontem ainda falava sobre os sentimentos dos seres humanos, das guerras. Logo eu!
Ainda me questiono se sou muito mole ou muito dura.
Sei que não estamos prontos para recomeçar aquilo que nem havia começado. Orgulho, vergonha.
Ó céus! O que é isso?
Te fiz chorar! Aquele olhar... que olhar era aquele?
Você não precisava ter dito nada, seu olhar disse tudo. O ódio que estava sentindo por estar sendo humilhado por uma qualquer. O ódio por estar chorando na frente dos seus amigos. Lembra-se do que eu havia dito antes e você, muito do educado, me respondeu se o meu "namoradinho" era um cara perfeito?
Você disse que iria me bater. Continuei ali, provoquei, confesso. Mas foi por não saber o que fazer. Por não saber o que estava acontecendo.
Era tudo silêncio, desconhecido.
Testes. Quantos testes tive? E pelo visto, fui reprovado em todos.
De coração, espero que isso não se repita. Errei, aprendi, e torço para que nunca mais sinta o que senti. Passou, passou e passou. Arrependimento? Faz parte, faz bem. É a vida e minhas descobertas desagradáveis. Sou eu. É você.